Primeira infância será prioridade na Aliança Global contra a Fome e a Pobreza
Aliança reúne mais de 80 países comprometidos com o combate à fome e à pobreza desde o começo da vida
Publicado em 19/11/2024 07:11, por Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal
Em um movimento global de combate à fome e à desigualdade, governos de 82 países, sociedade civil e organizações multilaterais — dentre elas a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal (FMCSV) — uniram esforços em uma série de ações da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. O anúncio ocorreu em evento no G20 Social no dia 15 de novembro (sexta), no Rio de Janeiro, e é esperado que a aliança impacte 200 milhões de mulheres e crianças em situação de vulnerabilidade social ao redor do globo, em países como Brasil, Bangladesh e Madagascar.
O que é a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza?
Em parceria com a Fundação e outras organizações, como Unicef e Organização Mundial da Saúde, a Aliança simboliza o maior compromisso público para o combate à fome e às desigualdades ao redor do globo. Os países participantes apresentaram compromissos voltados ao fortalecimento de programas de alimentação escolar, inclusão socioeconômica, transferência de renda, apoio às crianças e famílias, agricultura familiar, e soluções para acesso à água potável.
“O desafio do mundo e do Brasil é implementar políticas com qualidade, sustentá-las e fazer elas chegarem aos diferentes campos deste país, às diferentes populações, aos diferentes modelos regionais e culturais”, destacou Mariana Luz, CEO da Fundação, durante o painel “O alto retorno do investimento na primeira infância na promoção do capital humano e na estratégia de combate à pobreza e às desigualdades”.
Como será a contribuição da Fundação?
A Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal tem como compromisso o compartilhamento de conhecimento sobre a primeira infância com os países da Aliança Global. Essa iniciativa se dará por meio do fornecimento de dados, de apoio técnico a políticas públicas e da sensibilização da sociedade para que as crianças sejam prioridade em todo o mundo. No Brasil, o foco de atuação da Fundação será voltado à implementação e aprimoramento das visitas domiciliares no país: é esperado que a medida fortaleça 2.500 novas equipes em 2.550 municípios brasileiros.
Fortemente associadas à Estratégia de Saúde da Família (ESF) desenvolvida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), as visitas domiciliares também são responsabilidade da assistência social, a fim de compreender a realidade de cada família e orientá-las na reivindicação de seus direitos. Cabe destacar que, no Brasil, mais da metade das crianças de até 6 anos fazem parte das famílias mais pobres do país.
Para Mariana Luz, “isso ilustra a escala do nosso desafio como nação em enfrentar o problema da fome e da pobreza desde os primeiros anos de vida”. Ela também destaca que no contexto brasileiro, “o mais relevante é a gente chegar nas famílias e mudar a vida de cada criança”. A partir disso, a Fundação espera promover o capital humano e romper ciclos intergeracionais de pobreza, apoiando na construção de sociedades mais prósperas e justas.